Incorporado ao nosso cotidiano como o pão com manteiga, o e-mail revela-se pouco a pouco, tão perigoso quanto manter relações intimas com o inimigo.
Apresentado como aproximador de distâncias e facilitador de processos, o e-mail deixa rastros e portanto, pode ser um risco para os desavisados.
A maioria de nós, não percebe que essa modalidade de comunicação pode ser usada, se necessário, como prova do que pensamos ou como agimos em determinado momento.
Os e-mails podem ser até requisitados pela justiça como prova, contra ou a favor, da pessoa que escreveu. É isso mesmo, qualquer pessoa, pode ter seus e-mails abertos, pelo provedor, através de pedido judicial, para comprovar má conduta. Até aí tudo bem, mas quem por acaso cruzou o caminho da pessoa, mesmo sem saber, também entra na jogada.
Na semana passada, uma amiga foi convocada, pelo clube que freqüenta, para explicar sobre alguns e-mails trocados, com um sócio de moral e ética bastante duvidosas. Com os e-mails reproduzidos na mão, foi solicitada “delicadamente”, a explicar sobre o conteúdo das mensagens. Imagine só o susto, ao ver, ali impressos, e-mails trocados há dois anos. Embora nada comprometedores, a violação da privacidade dela, estava alí escancarada. Surpresa e depois revoltada, minha amiga teve que aceitar o fato de que apesar de se sentir invadida, o procedimento estava amparado pela lei. Dá para acreditar, você escreve para alguém e depois de um tempo, tem que explicar por que escreveu aquilo?
Por isso, é que o e-mail deve ser levado muito a sério, mesmo os mais bobinhos, os apaixonados e os que falam só sobre o trabalho. O e-mail serve como prova de integridade da pessoa que escreveu e também de quem, por algum motivo, fez parte da comunicação. Não dá para brincar com uma coisa dessas, só o fato de compartilhar informações, dependendo com quem for, pode comprometer.
Como não podemos nos responsabilizar pelo comportamento das pessoas, o melhor para não se meter em confusão é:
• Não ajudar a propagar boatos e fofocas.
• Não permitir que escrevam comentários a respeito do seu comportamento nos e-mails que são enviados para o endereço da empresa.
Exemplos: “Você mandou mal tomando aquele porre, o pessoal ficou assustado.” ou “ Você só lembra da gente quando tem interesse.”
• Não fale mal das pessoas e não conte o que ouviu, principalmente sobre assuntos relacionados com a empresa para a qual trabalha.
• Não revele seus pensamentos, só aqueles que mostram o quanto você é generoso, gentil e etc.
• Se puder, use o e-mail só para assuntos pontuais. Seja breve e não se exponha. Lembre-se, o e-mail não tem envelope, não é lacrado e não é sigiloso, portanto, qualquer pessoa pode ler.
O Duda Mendonça tem razão quando diz: "Comunicação não é o que você diz. É o que os outros entendem.
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Trecho do Livro: Etiqueta Corporativa: Sucesso com Bons Modos
Autores: Lícia Egger-Moellwald e Hugo Egger-Moellwald
Editora: Anhembi Morumbi
Preço sugerido: R$ 26
Assunto: Negócios e Empregabilidade
P.S.: Tenho o orgulho de dizer que a autora Lícia Egger foi minha professora de Administração de Crises, na FMU, por isso recomendo que leiam "Sucesso com Bons Modos", além de ser um grande livro, é também escrito por uma grande mestre... Thanks Teacher!!!
Eli Amorim - 22/09/09
1 comentários:
Olá Eli tudo bem? Espero que sim...passando pra deixar meu carinho e oferecer muitos presentinhos...passa no meu blog ok? te espero! Deus te abençoe... bjinhos
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