23:17

CAMPANHA DOE MEDULA - HEMOCENTRO DE SP - 27/04 - AGRADECIMENTOS



Boa tarde Galera,

Primeiramente, gostaríamos de agradecer a todos que estiveram ontem (27) no Hemocentro da Santa Casa de SP fazendo a doação de sangue e cadastro como doador voluntário de medula óssea, realmente foi um dia muito feliz para nós!!!

Aqueles que não puderam ir por algum motivo, tenham a certeza que não faltará oportunidades, até porque sabemos, que não esperarão por mais um campanha e sim irão fazer a doação assim que possível, certo?!

Gostaríamos também de agradecer a AMEO - Associação da Medula Óssea e ao Hemocentro SP por deixar as voluntárias da Liga da Medula Óssea, Palê Zuppani (transplantado duas vezes - medula óssea) e ao Diego Gazola (doador recentemente de medula óssea - Muda de Ideia) fazer a divulgação desta campanha tão bacana, pois pudemos ajudar nos cadastros e nas orientações juntos com as voluntárias da própria AMEO, um trabalho muito bacana e que renderam boas amizades.

Informamos que atingimos ontem (27) a marca de 115 cadastros conscientes de doadores voluntários de medula óssea, um número expressivo para um sábado (7h-15), segundo informações que tivemos, houveram 261 doações de sangue. 

Estamos felizes com esta marca, porém, gostaríamos que fosse um numero maior, mas como todos nós sabemos, este trabalho de conscientização é aos poucos, como costumo dizer, um trabalho de "formiguinha".




MUITO OBRIGADA!!!

Que Deus abençõe a todos!!

Abraços,

Liga da Medula Óssea - 28.04.13











00:01


14:03

Amar é punk!!!



Eu já passei da idade de ter um tipo físico de homem ideal para eu me relacionar. Antes, só se fosse estranho (bem estranho). Tivesse um figurino perturbado. Gostasse de rock mais que tudo. Tivesse no mínimo um piercing (e uma tatuagem gigante). Soubesse tocar algum instrumento. E usasse All Star.



Uma coisa meio Dave Grohl.



Hoje em dia eu continuo insistindo no quesito All Star e rock´n roll, mas confesso que muita coisa mudou. É, pessoal, não tem jeito. Relacionamento a gente constrói. Dia após dia. Dosando paciência, silêncios e longas conversas. Engraçado que quando a gente pára de acreditar em “amor da vida”, um amor pra vida da gente aparece. Sem o glamour da alma gêmea. Sem as promessas de ser pra sempre. Sem borboletas no estômago. Sem noites de insônia. É uma coisa simples do tipo: você conhece o cara. Começa, aos poucos, a admirá-lo. A achá-lo FODA. E, quando vê, você tá fazendo coraçãozinho com a mão igual uma pangaré. (E escrevendo textos no Blog para que ele entenda uma coisa: dessa vez, meu caro, é DIFERENTE).



Adeus expectativas irreais, adeus sonhos de adolescente. Ele vai esquecer todo mês o aniversário de namoro, mas vai se lembrar sempre que você gosta do seu pão-de-sal bem branco (e com muito queijo). Ele não vai fazer declarações românticas e jantares à luz de vela, mas vai saber que você está de TPM no primeiro “Oi”, te perdoando docemente de qualquer frase dita com mais rispidez.




Ah, gente, sei lá. Descobri que gosto mesmo é do tal amor. DA PAIXÃO, NÃO. Depois de anos escrevendo sobre querer alguém que me tire o chão, que me roube o ar, venho humildemente me retificar. EU QUERO ALGUÉM QUE DIVIDA O CHÃO COMIGO. QUERO ALGUÉM QUE ME TRAGA FÔLEGO. Entenderam? Quero dormir abraçada sem susto. Quero acordar e ver que (aconteça o que acontecer), tudo vai estar em seu lugar. Sem ansiedades. Sem montanhas-russas.




Antes eu achava que, se não tivesse paixão, eu iria parar de escrever, minha inspiração iria acabar e meus futuros livros iriam pra seção B da auto-ajuda, com um monte de margaridinhas na capa. Mas, CARAMBA! Descobri que não é nada disso. Não existe nada mais contestador do que amar uma pessoa só. Amar é ser rebelde. É atravessar o escuro. É, no meu caso, mudar o conceito de tudo o que já pensei que pudesse ser amor. Não, antes era paixão. Antes era imaturidade. Antes era uma procura por mim mesma que não tinha acontecido.




Sei que já falei muito sobre amor, acho que é o grande tema da vida da gente.Mas amor não é só poesia e refrões. Amor é RECONSTRUÇÃO. É ritmo. Pausas. Desafinos. E desafios.




Demorei anos pra concordar com meu querido (e sempre citado) Cazuza: “eu quero um amor tranqüilo, com sabor de fruta mordida”. Antes, ao ouvir essa música, eu sempre pensava (e não dizia): porra, que tédio!




Ah, Cazuza! Ele sempre soube. Paixão é para os fracos. Mas amar - ah, o amor! - AMAR É PUNK.

por Fernanda Melo.

23:06

Feliz Dia das Mães!

22:49

Garotas Legais!!!


Garotas legais não precisam ser bonitas. Não precisam ser iguais a todo o mundo, na verdade é a personalidade delas que as fazem serem legais.

São diferentes, apaixonadas, divertidas, engraçadas. Na maioria das vezes, não têm nada de TÃO interessante, e acaba sendo isso que as fazem serem legais.

Entendem o valor de um sorriso, de um olhar, de um beijo. Ajudam as amigas e as entendem acima de tudo. Têm vontades malucas, como a de tomar chocolate quente no verão.

Não precisam de um estilo pra se auto-afirmarem. São fiéis aos seus ideais e às pessoas importantes para elas. Não são santinhas, nem putas. Amam, e por vezes, são amadas.

Usam all star, mas sabem andar de salto alto quando querem. 'Não desejam mal à QUASE ninguém.' Mentem também, mas sempre se arrependem. São curiosas, ansiosas, loucas, desastradas. Não desistem fácil e lutam acima de tudo pelos seus sonhos. Te surpreendem às vezes.

São complicadas e nada perfeitas. São simpáticas, quase sempre. Também andam com garotos. Ligam para que os outros pensam, mas sabem que isso não é o suficiente para mudar o seu jeito de ser. Sentem saudades de quem gostam. Choram. Conseguem enxergar o interior. Dão uma segunda chance, e uma terceira, uma quarta, e quantas chances forem precisas.

Garotas legais são legais, porque se destacam em um grupo e você percebe de primeira que elas são garotas legais.

É, às vezes eu me sinto uma garota legal... :)

01:30

Tortura Moderna!!!


'Tenta sim. Vai ficar lindo.' Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria.
Mas, não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.
- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?
- Cavada mesmo.
- Amanhã, às... Deixa eu ver... 13h?
- Ok. Marcado.
Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado.
Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue.
Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.
- Querida, pode deitar. Quer bem cavada?
- É... é, isso.
- Pode abrir as pernas.
Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha. A hora de puxar foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural. Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.
- Tudo ótimo. E você?
Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todas porque se cansam de sofrer sozinhas. Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida.
- Olha, tá ficando linda essa depilação.
- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.
Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. 'Me leva daqui, Deus, me teletransporta'. Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.
- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada. Quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.
- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada. Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.
- Segura sua bunda. Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda. Tive vontade de chorar. Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação.
Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.
- Penélope, empresta um chumaço de algodão?
Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem? Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.
- Terminamos. Tá linda! Pode namorar muito agora.
Namorar? Eu estava com sede de vingança. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso. Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada. Mas foi simplesmente a melhor coisa que fiz em toda minha vida.

[autoria desconhecida]

12:50

Paradoxos!!!


...

Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais - por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia – qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido. Eu prefiro viver a ilusão do quase, quando estou "quase" certa que desistindo naquele momento vou levar comigo uma coisa bonita. Quando eu "quase" tenho certeza que insistir naquilo vai me fazer sofrer, que insistir em algo ou alguém pode não terminar da melhor maneira, que pode não ser do jeito que eu queria que fosse, eu jogo tudo pro alto, sem arrependimentos futuros! Eu prefiro viver com a incerteza de poder ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor. Talvez loucura, medo, eu diria covardia, loucura quem sabe!

Caio Fernando Abreu