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Caminhos que percorremos...


Hoje conversando com uma amiga da Liga, ela tocou no assunto de como é difícil ser voluntário no Brasil, porque ela só encontra "nãos" e regras, e mais regras... quando ela vai procurar ajuda de outras Ongs para a divulgação da doação de medula óssea.

Bom, expliquei a ela que era assim mesmo, que até em organizações não-governamentais, há a necessidade de seguir regras, de ter limitações, como qualquer outra empresa privada, de possuir voluntários capacitados, assim como profissionais em empresas, e que principalmente, que saibam do que está falando para o público.

Sabemos que elas não fazem parte do Estado, nem a ele estão vinculadas, mas se revestem de caráter público na medida em que se dedicam a causas e problemas sociais e em que, apesar de serem sociedades civis privadas, não têm como objetivo o lucro, e sim o atendimento das necessidades da sociedade.

Sabemos também que é lindo ajudar, é lindo ter um bom coração, ter vontade e coragem, mas no mundo de hoje, nem tudo isso é bem aceito, pés no chão, este é o caminho. Imagina se todas as ongs aceitassem as pessoas sem regras, sem organização, nem elas conseguiriam ajudar as pessoas e nem a ela mesmo.

Não estou aqui fazendo nenhuma declaração de apologia, apenas expressando a minha opinião sobre a gestão destas organizações que se vêem compelidas a pensar no futuro, mas porque se defrontam, em seu cotidiano, com problemas que ameaçam a sobrevivência a curto prazo, principalmente quando os recursos se tornam escassos, compromentendo a condução de seus projetos e questionando sua própria razão de ser.

Quando criamos a Liga, deixamos bem claro as pessoas, não somos ONG e muito menos uma Associação, temos apenas a divulgação em nossas mãos, porque temos um campo exploratório muito bom para isso, a internet, que graças a Deus, têm nos ajudado muito, porque as pessoas tem a necessidade de informação, de querer mais, e porque não dar mais a estas pessoas?

Por exemplo, as campanhas "Robertinho, Anjo e Guerreiro", conseguimos um número significativo de pessoas cadastradas que para a AMEO continua a ser um recorde, foram mais de 12 mil pessoas, e que dessas conseguimos 10 doadores compatíveis, isto quer dizer, 10 pessoas conseguiram uma nova esperança.

Mas, é aí que tá o sabor especial de ser um voluntário, é o bem que você consegue trazer para alguém e para si, é tão gratificante, tão importante, é recompesador, vale todos os nãos, todas as regras e todos os empecilhos que enfrentamos, o resultado final é que conta, pelo menos pra mim.

Sempre tive a curiosidade sobre o trabalho voluntário, me inspirava nas pessoas que tinha algo para oferecer as outras, seja espiritual ou material, pois o prazer de ajudar sempre me fascinou, eu lembro que ficava assistindo maravilhada o filme da Madre Teresa de Calcutá, a sua luta, o quanto aquela mulher sofreu tentando provar que o amor de Deus era maior do que qualquer arma ou de qualquer palavra de ofensa.

Outro que tive a oportunidade de conhecer pessoalmente foi o Dr. Patch Adams, pude assistir sua palestra quando ele veio para o Brasil em 2007, quão maravilhoso é aquele homem, ele provém uma técnica totalmente nova para a cura das enfermidades humanas, a técnica do sorriso, foi uma experiência sensacional, não posso esquecer do lendário Hebert de Souza e sua campanha contra a Fome na década de 90, ele tinha como principal objetivo propor a sociedade, dos pontos de vista político, social, econômico e cultural, uma afirmação de que a apesar da luta hoje parecer mais suave, as certezas quanto aos rumos são mais difíceis, pois teriam a dificuldade de financiamento, desde aquela época Betinho já sabia que o Terceiro Setor não ia ser nada fácil.

Admiro o trabalho dos Doutores da Alegria, do qual já pude ver de perto e conhecer um pouco mais sobre o trabalho, aliás, recado para o Dr. Mané: Adoro você!

Não sou leiga no assunto trabalho voluntário, pude participar e participo de perto e ver. Os olhos dizem tudo, e nem era preciso ouvir o "Obrigada Eli", bastava o olhar, nossa o que eram aqueles olhares, o que são estes olhares? São os olhares de Deus, só podem ser.

Eli Amorim - 14/07/09

[Pat Souza não desanime, temos olhares para admirar, não desista, apenas estamos caminhando, e caminhar não significa que demoraremos a chegar, chegaremos lá, tenho certeza!]

1 comentários:

Cristi@ne disse...

Olá querida ELi... gostei do post e admiro demais os que fazem este tipo de trabalho..de verdade, gostaria mto de poder fazer parte um dia desses grupos, mas a vida nos impede mtas vezes, enfim, um dia eu vou!!!

Olha, quero te oferecer um selinho para colar no seu blog, pois vale a pena ficar de olho nele sempre...passa por lá ok?
http://infinitodacris.blogspot.com/2009/07/mais-um-selo.html

Bjinhos...