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Correr é fazer amigos!!!



A corrida, dizem os médicos, é um dos melhores exercícios aeróbicos, capaz de prevenir doenças cardiovasculares e melhorar a disposição para as atividades do dia a dia. Para muita gente, correr também se tornou uma forma de fazer novas amizades e alargar o círculo social. Nos grupos de corrida, que em geral se reúnem nos fins de semana em parques, praias e ruas, a conversa sobre o novo tipo de tênis ou de camiseta evolui para outros assuntos. Surgem as afinidades entre os corredores, que muitas vezes passam a se encontrar para outras atividades além do esporte. Para os especialistas em corrida, a socialização é a principal explicação para o aumento espetacular na quantidade de associados a grupos de corrida. Há dez anos, nas principais cidades do país, eles não passavam de 1 000 – hoje, chegam a 100 000. Podem ser vistos nas manhãs dos fins de semana, com suas camisetas exibindo o logotipo da equipe, cruzando alegremente os recantos mais aprazíveis das cidades.


O GRANDE DIA


A advogada Paula Roberta Rodrigues no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro: a empresa em que trabalha formou um grupo de corrida para estimular a integração entre os funcionários e criar um ambiente de trabalho mais produtivo. "Nos dias anteriores às corridas em grupo, trocamos e-mails entusiasmados sobre os preparativos", ela conta.
Esses grupos muitas vezes surgem de forma espontânea, entre vizinhos ou nas academias. Nesse caso, cada integrante paga em média 100 reais por mês para ter um treinador atento às suas necessidades de exercício. Outros são atraídos pelas assessorias esportivas, empresas especializadas que oferecem infraestrutura de apoio e treinamentos. Outra forma de encontrar uma turma é procurar clubes de corredores. Eles indicam grupos com o perfil que se deseja e promovem corridas – para participar delas, os preços variam entre 30 e 100 reais. O gaúcho Fernando Andorffy, de 46 anos, auditor da Receita Federal, começou a correr na Equipe do Bira, em Porto Alegre, há quase um ano. Movida pela agitação do grupo, que promove encontros semanais, sua mulher, Helena, também de 46 anos, resolveu se arriscar no esporte. "Nossa vida social mudou desde que meu marido começou a correr. Fizemos novos amigos e resolvi correr com eles também", afirma.
Muitas empresas descobriram que formar grupos de corrida é uma maneira de estimular a integração entre os funcionários e criar um ambiente de trabalho mais prazeroso e eficiente. No Rio de Janeiro, a Chalfin, Goldberg & Vainboim Advogados Associados contratou a assessoria de corrida N-Body com esse objetivo. Segundo a advogada Paula Roberta Rodrigues, 26 anos, que trabalha na empresa, "além de melhorar meu corpo e minha saúde, ao correr com o grupo do escritório tenho a oportunidade de me relacionar com colegas que vão desde o estagiário até o sócio da empresa". Os grupos de corrida deram origem às competições temáticas. Há hoje no país cerca de 600 provas por ano, muitas delas dirigidas a públicos específicos – mulheres, militantes de causas ecológicas, fiéis de igrejas evangélicas e até jovens que frequentam baladas. Nesse caso, as corridas são noturnas e animadas pelo som de DJs. "Acho o máximo participar dessas provas porque em cada uma delas se sente uma energia diferente", diz o paulista José Luis Gracia Lazo, de 27 anos, analista de comércio exterior. "Além disso, elas permitem conhecer gente que gosta das mesmas coisas que você", ele conclui.

EXERCÍCIO E DIVERSÃO

O paulista José Luis Gracia Lazo no Bosque Maia, em Guarulhos, na Grande São Paulo: ele é fã das corridas em grupo em clima de balada, realizadas à noite e animadas por DJs, e também das que acontecem no Autódromo de Interlagos. "Acho o máximo participar dessas provas porque em cada uma delas se sente uma energia diferente", ele diz.

O mais novo atrativo para quem quer correr e fazer amigos são as viagens para disputar provas em outros estados ou no exterior. Várias agências de turismo e empresas que organizam corridas oferecem esse tipo de viagem. A Assessoria Conexão Esportes, do treinador José Eduardo Coghi Pompeu, de São Paulo, já levou corredores ao Rio de Janeiro, a Florianópolis e a Punta del Este, no Uruguai. "Corremos para cuidar da daúde e do corpo, mas também adoramos sair dos treinos e partir para um happy hour para jogar conversa fora", diz o treinador. A corrida de rua em grupos é hoje popular em todas as grandes cidades no mundo, mas, segundo os especialistas em esportes, em nenhum país ela se tronou tão popular quanto no Brasil. A explicação para isso estaria no clima, sem temperaturas rigorosas nem neve, o que permite a prática do esporte o ano todo. Para o paulista David Cytrynowicz, presidente da Corpore, associação de corredores especializada na organização de corridas de rua, "os brasileiros estão cada vez mais ansiosos para sair do ambiente fechado das academias, correr ao ar livre e conhecer gente nova".

por Carolina Romanini

[www.corpore.org.br]






Meu relato:


Sou prova disso, fiz muitos amigos no momento em que decidi que a corrida se tornaria parte da minha vida, naquele exato momento criou-se um elo entre as pessoas que eu conhecia na academia e as pessoas que conheci na equipe na qual de vez em quando eu compareço para correr e rever os amigos. Lembro dos churrascos, das partidas de futebol, que pude até jogar um pouquinho e mostrar meus dotes de "perna de pau", apesar que modesta parte, são pernas bem rapidinhas, rs!

Sinto saudades das pessoas, caminhos foram feitos, outros desfeitos, amigos que não podem correr por enquanto por causa de alguma lesão, outros que se mudaram, outros que não estão mais na equipe, pois decidiram partir para outra equipe e até mesmo formar sua própria equipe.

Sinto falta das conversas antes das corridas, do café da manhã que tomavámos todos juntos, dos risos, do professor da equipe pegando no meu pé, dizendo a famosa frase: "Eli, você precisa melhorar o seu tempo, assim você não vai chegar na maratona", ele sempre dizia isso, não sabia se ele estava brincando ou falando a verdade, porque sempre ficava com aquela cara de enigmático, mas eu ainda pergunto isso a ele.

Aos poucos estou retomando a minha vida de corrida, aliás, a corrida sempre fez parte dela, seja no sentido real da frase ou no sentido pejorativo, o que importa na realidade é que ela faz falta, é como se eu tivesse um elo, uma ponte, algo que me transportasse para um mundo em que a liberdade é vista através dos olhos de um corredor, e é fascinante!!!

Eli Amorim. 31/07/09

1 comentários:

Unknown disse...

Posso usar sua foto numa comunidade que eu estou criando...
Ele se chama: Tênis no pé, cabeça nas nuvens...
???